De acordo com um estudo norte-americano, um casamento satisfatório aumenta em três vezes a possbilidade de sobrevivência a longo prazo após cirurgias de revascularização cardíaca.
O estudo, publicado no Health Psycology da American Phychological Association, concluiu que ter um casamento feliz faz bem ao coração.
Desenvolvido pela Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, o estudo indica que as pessoas casadas e com uma união feliz têm até três vezes mais probabilidade de permanecerem vivas 15 anos após uma cirurgia de revascularização cardíaca, também conhecida como ponte de safena ou mamária.
"Existe algo num bom relacionamento que ajuda as pessoas a permanecerem no curso da vida", afirma Kathleen King, coordenadora da pesquisa.
Segundo Harry Reis, co-autor do estudo, o efeito da satisfação no casamento é tão importante para a sobrevivência após a cirurgia quanto outros factores de risco, tais como tabagismo, obesidade e hipertensão.
No estudo, foram avaliadas 225 pessoas que fizeram uma cirurgia de ponte de safena entre 1987 e 1990. Todos os casados foram inquiridos sobre a sua satisfação face ao casamento um ano após a cirurgia. Houve ainda ajuste de idade, sexo, educação, casos de depressão, tabagismo e outros fatores que afectam a sobrevivência em quadros de doenças cardiovasculares.
Quinze anos após a cirurgia, 83% das esposas felizes ainda estavam vivas, face a 28% das que eram infelizes no casamento e 27% das solteiras. O índice de sobrevivência para os maridos felizes também foi de 83%.
Mas aqueles nem tão felizes assim também tiveram taxas elevadas. Homens em uniões não muito satisfatórias tiveram um índice de sobrevivência de 60%, significativamente melhor do que os 36% dos homens não casados.
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